Passei essa última semana refletindo muito sobre Moisés e talvez por isso eu ainda não esteja tão focada na Ressurreição de Jesus. Ainda estou pensando no significado deste pessach, dessa passagem, o livramento que Yaweh deu ao povo de Israel antes de serem libertos do Egito.
Quando Yaweh chama Moisés e decide se apresentar para ele pelo nome e chama-lo para fazer parte do que queria fazer com o povo de Israel, vemos Moisés apresentando várias desculpas. Depois que Moisés aceita a função e começa seu serviço a Yaweh perante Faraó, pedindo a libertação do povo, ele percebe que não será tão fácil. Ele então reclama com Yaweh, perguntando por que foi enviado e por que Ele maltratava o povo. Então Yaweh responde com o texto que colocamos acima... e estas palavras precisam nos marcar.
O Deus Pai, que quis se dar a conhecer pelo seu nome Yaweh, Aquele que é, estava revelando ao povo de Israel o que aconteceria com eles, o plano que Ele (o Pai) já havia pensado desde o início... retirar os nossos pesos e cargas nos separando para Ele, nos libertar de nossas cadeias e prisões, nos resgatar, assim mudando nossa condição e nos tornar o povo dEle e ser o nosso Deus. Este era o plano dEle desde o início!
Não dá para ler estas palavras do Pai registradas no Êxodo e não fazer as conexões com o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap.13,8). O plano dEle era fazer convergir em Cristo todas as coisas, Ele nos predestinou para sermos filhos da adoção por meio de Jesus Cristo, para sermos para o louvor da glória da sua graça, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão de nossos delitos (Efésios 1)...
Temos aprendido a celebrar a ceia do Senhor tentando resgatar alguns desses conceitos escritos no Êxodo, lembrando que Jesus (Yeshua) era judeu e que os primeiros seguidores do Caminho também eram. Uma das formas dos judeus celebrarem a ceia de páscoa é usando o seder (ordem - http://www.morasha.com.br/conteudo/ed36/seder2.htm) com quatro taças que simbolizam cada uma das expressões contidas no texto:
"Portanto dize aos filhos de Israel: Eu sou Yaweh; eu vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, livra-los-ei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes juízos. Eu vos tomarei por meu povo e serei vosso Deus; e vós sabereis que eu sou Yaweh vosso Deus."
A cada taça, os judeus celebravam (e ainda celebram) cada um dos aspectos deste Deus e entendiam a seriedade do que estavam realizando. Ele tirou as nossas cargas, nos separando para Ele mesmo - santificação! Ele nos libertou da escravidão - libertação! Ele nos resgatou, restaurou nossa condição - redenção! Nós somos o seu povo, Ele é o nosso Deus! A última promessa, o último cálice, simbolizava justamente o Messias, enviado de Deus para a libertação final do povo. Este é o cálice que Yeshua tomou, assumindo nEle mesmo toda esta missão. Ele é quem nos reconcilia com o Pai. Somos Seu povo e Ele é nosso Deus pelo sangue derramado por Yeshua na cruz do calvário (Col. 2,8-15) Ele é o Cordeiro perfeito da páscoa.
E... não só foi morto... o túmulo estava vazio e continua vazio até hoje! E é o mesmo Espírito que ressuscitou a Jesus dos mortos que vivifica os nossos corpos mortais hoje(Rom. 8,11).
#pessach
Um comentário:
Dê, muito bom texto... Engraçado que ao ler, parece que estamos sentados ao seu lado e vc é quem nos conta a história, tamanha a clareza no emprego das palavras...
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