domingo, 20 de dezembro de 2009

Devoção

Preciso muito dEle. Na verdade, não posso viver sem Ele.
Tudo que Ele pede e o que o satisfaz é que eu faça aquilo que o agrada, viva como filha, do jeito que Ele planejou que os filhos vivam, como Jesus.
Eu preciso dEle. Escolhi precisar. Escolhi fazer dEle o primeiro, em tudo.
Ele é o meu sustentador, minha Rocha, TUDO para mim, minha luz e salvação, socorro bem presente na angústia.
Ele é o meu Pastor, protetor, meu resgatador, tudo o que eu preciso. Tudo o que eu preciso vem dEle e tudo o que eu quero está presente nEle.
Só posso viver com Ele, qualquer outra vida não teria a menor possibilidade de ser plena. Minha vida só tem significado nEle, foi Ele quem me criou e me escolheu para ser Sua filha.
Tudo o que Ele deseja é que eu viva como filha e dependa dEle completamente.
Eu o amo demais. Ele é tudo o que eu desejo, meu amado, meu Pai.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Eu amo a Igreja


Eu amo a Igreja. Amo ler o Novo Testamento e ler sobre um povo que caminhava sobre este mundo, virando as coisas de cabeça para baixo (Atos 17,6)... pessoas que caminhavam aqui, trabalhavam aqui, andavam no meio das pessoas, mas não eram daqui. Eles eram um com Deus (João 17,21) e assim, não podiam deixar as coisas deste lugar impactarem tanto as suas vidas. Este momento da vida era uma passagem. Eles eram apenas peregrinos aqui (Hebreus 11,13).

Gosto de lembrar constantemente que quem nos chamou para ser luz foi o próprio Deus. Jesus disse que somos sal e luz da terra e que não adianta esconder a cidade sobre o monte e nem colocar uma lamparina embaixo da cama (Mateus 5,13-15)... Deus disse que colocava a Igreja como luz para os gentios (At.13,47). Amo a Igreja. Ela é luz, sal e é composta dos filhos de Deus, irrepreensíveis, estes luzeiros no mundo em meio a uma geração corrupta e perversa (Filipenses 2,15).

Na sexta, enquanto orava com a Priscila, me emocionei ao imaginar isso. Cada cristão, cada pedacinho da Igreja, se tornando este ponto de luz, iluminando os lugares escuros, trazendo ordem a ambientes que não tem padrão... há tantos locais escuros, tantos becos afastados, que precisam de nós todos os dias. Estou falando de nossos ambientes de trabalho, nossas salas de aula, nossas famílias, reuniões de amigos, curso de inglês, pré-vestibular, academia... locais onde sempre estamos, é ali que precisamos brilhar. Na verdade, é ali que espero que já estejamos brilhando.

Meu espírito se anima ao ver uma Igreja que consegue contagiar e influenciar outros ambientes somente com a sua presença. Uma Igreja que não só se encontra em reuniões de dias marcados, mas uma Igreja que assume seu papel diário e que busca viver como Jesus: curando enfermos, expulsando demônios e pregando o Evangelho do Reino. O compromisso de Jesus com estas atividades impactava até os que não conheciam a Deus porque os únicos “religiosos” que eles conheciam se importavam com outras coisas! Eles não passavam tempo com as pessoas, não as ouviam, não se envolviam com elas. O padrão destes religiosos já havia se perdido... as prioridades já haviam mudado.

E é isso que me move... ser a Igreja que ilumina cada pontinho da sociedade e capacitar e mobilizar os santos para que façam a mesma coisa!! Nossa atividade principal é essa: viver como Jesus viveu e ensinar outros a viverem como Ele viveu. Trazendo a realidade dos Céus para a Terra.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Se dormimos e acordamos para Ele

"Vem me consumir, Teu lugar é em mim, vem me consumir, de dentro pra fora"

Hoje eu acordei com esta convicção: podemos passar o nosso dia em qualquer lugar e com qualquer pessoa, mas o diferencial será se dormimos e acordamos para Ele. Somos chamados a viver uma vida que é transformada de dentro para fora. Não serão os estereótipos que nos auxiliarão a viver a vida de Cristo, mas a transformação de dentro para fora, permitir que o nosso coração seja completamente submetido ao senhorio de Cristo... é neste centro do ser que as decisões são tomadas. A partir daí surgirão as mudanças. Não dá para ser ao contrário.

Deus não trabalha com aparências... a Sua forma de ver as coisas é radicalmente diferente da nossa. Lembro sempre de quando Samuel chegou na casa de Davi e quando viu seu irmão mais velho, Eliabe, achava que por sua estatura e postura (provavelmente de guerreiro, bem estilo “300”, forte) seria ele o rei de Israel. Até Samuel, o profeta, precisou aprender naquele dia que Deus não pensa como nós. Ele vê o coração.

"Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração. (I Samuel 16,7)”


Não podemos ignorar as aparências, o nosso corpo, nossa linguagem, nossa atitude... mas estas coisas fluem naturalmente de um coração completamente submisso a Ele! E só Deus vê o coração... e o que Ele vê em nosso interior? Estamos mais interessados em vestir o nosso exterior que o nosso interior? Como se adorna o interior? Com disciplina, pensando no que Ele quer que pensemos (II Coríntios 10, 3-6; Filipenses 2, 1-11 e 4,8; Romanos 12,1-2).

Se dormimos ou acordamos é pra Ele. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Estamos inseridos, misturados, mas nosso interior é totalmente diferente... só dormimos e acordamos pra Ele. Nossas motivações, o que nos realiza vem dEle e para Ele. Estaremos inseridos, precisamos estar inseridos... como o sal e a luz. Temos que viver isso!

Continuamos amanhã, tentando mastigar isso um pouquinho mais!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Pioneiro

No Aurélio...

Adjetivo
3. Diz-se de obra, serviço, iniciativa, idéia, etc., que se antecipa ou abre caminhos a outros iguais ou similares:
Instituição pioneira
empreendedimento pioneiro

Por hora é só.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

De cabeça pra baixo

Há tempos conversamos sobre a necessidade de parar de ver a vida como sempre a vemos... ou melhor, adotarmos uma outra perspectiva sobre a nossa vida. Se nascemos do alto e nascemos de novo, nossa visão precisa mudar.

Precisamos ver as coisas de cabeça para baixo. De outra forma.
Os nossos pensamentos não são os dEle, Seus caminhos são mais altos que os nossos... a única de forma de nascermos de novo é vermos as coisas como Ele vê. Isso significa ter que virar a nossa realidade de cabeça pra baixo.

Enquanto não entendermos que a única verdadeira comida é a sua carne... vamos continuar nos fartando de bons alimentos.

Enquanto não entendermos que verdadeira bebida é o seu sangue... vamos continuar sendo saciados por outras coisas.

"Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se alimenta, também viverá por mim." João 6, 57

O que nos alimenta? O que nos consome?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Abrindo caminhos na Europa - e o que você decidiu fazer?

Meu último post sobre meu tempo em Ede ("juramento") fala sobre a Saúde e Eficácia da Igreja... :)) Nesta reunião anual da Aliança há reuniões de comissões onde pessoas apresentam trabalhos ou são convidadas a dar testemunhos, contar experiências... uma dessas comissões se chama "Saúde e Eficácia da Igreja". Bem, alguns jovens foram convidados a darem um parecer a respeito de como era a Igreja em seus respectivos países e eles deveriam falar sobre o seguinte:
1) Quais os maiores desafios que a Igreja tem que enfrentar em seu contexto?
2) O que permanecerá da mesma maneira ( o que você crê que não vai mudar)?
3) O que aguarda a Igreja no futuro?
Bem, outros 5 jovens foram convidados para darem este parecer uns 2 meses antes da reunião anual. Parece que alguém faltou e me chamaram de sopetão para participar desta "mesa". Entendi que era uma boa oportunidade e me preparei para falar.
Apresentei-me dizendo que eu estava naquela reunião pelo meu envolvimento com a rede de líderes emergentes e com o departamento de juventude, mas que no meu contexto local, meu marido e eu havíamos tomado a decisão de investir em novas expressões da Igreja. Eu disse que já havia me envolvido muito com a denominação, com congressos e eventos denominacionais, mas que nos últimos 2 anos nós estávamos investindo em novas expressões e queríamos nos envolver com o que havia de novo na Igreja. Tendo dito isto respondi as outras perguntas:
1) Falei de 2 desafios da Igreja brasileira:
- Um é o desafio cultural. Parece que sempre temos uma cultura dentro das congregações locais e outra fora. Discutimos muitas vezes se aspectos da nossa cultura (música, roupas, arte, formalidade/informalidade) podem fazer parte de nossas reuniões públicas... mas todos somos brasileiros! Não é absurdo se perguntar se podemos levar coisas brasileiras para dentro de nossas reuniões, já que somos brasileiros?
- O segundo desafio que falei foi a nossa falta de relacionamento com a comunidade. Nós olhamos para a Igreja que se reúne dentro das quatro paredes, mas Deus nos chamou para ministrarmos a localidades! As congregações locais eram consequência da pregação do Evangelho a uma localidade, não era só um grupo de pessoas que se reuniam num local. Nosso desejo não pode ser trazer as pessoas para dentro da nossa congregação somente... nunca vamos conseguir trazer bairros inteiros para dentro dos prédios/templos/casas. Eles não vão caber... nós é que temos que ministrar a eles e influencia-los...
2) O que permanecerá da mesma maneira? Eu disse que não sabia... mas eu pessoalmente não esperava que nada mudasse em termos de estrutura eclesiástica. Esta não é a questão...
3) O que nos aguarda no futuro? Eu disse que eu cria na Igreja... cria que poderíamos ser transformados pela renovação das nossas mentes e que assim Deus poderia nos transformar como Igreja... Ele pode mudar nossa realidade, se estivermos dispostos!
Quis compartilhar isso com vocês pois foi um grande desafio para mim falar, assumir a minha escolha... mas não posso fugir dela!! É o que eu vivo, é quem eu sou. E o mais interessante é que 2 senhores vieram falar comigo depois da apresentação dizendo que o que os encorajou foi saber que eu havia feito uma escolha pessoal de investir nas novas expressões da Igreja...
Esta é uma semana de decisões para todos nós, precisamos assumir quem somos, assumir aquilo que já foi depositado em nós, obedecer a Deus naquilo que Ele já nos falou. Não dá mais para perder tempo. E você? O que você decidiu fazer? O que já foi declarado sobre você? Neste tempo de escolhas, de batismo de fogo, de vida consumida... o que você decidiu fazer? O que você decidiu assumir?

sábado, 29 de agosto de 2009

Ainda sobre o fermento



O Bruno (Guedão) contribuiu com o texto sobre o fermento enviando algumas coisas que ele tem aprendido sobre isso. Segue abaixo o texto dele. Vamos tentar desenvolver isso nos próximos posts e podcasts.



Jesus disse que o reino dos Céus é como fermento em Mt 13:33. Abaixo algumas caracteristicas do fermento que tenho aprendido nesses dias..



- Parece algo insignificante

- Nunca se intimida com o tamanho da massa

- Trabalha calmamente

- Cresce progressivamente

- Fermento nunca se torna massa mas a massa se torna fermento

- Cresce sob calor e pressão.

A receita deste pão cuja imagem está acima leva 2 kg de ingredientes (farinha, batata, fubá) e só 5 g de fermento!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ser o fermento escondido em cada parte da sociedade


“E dizia: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?
É semelhante a um grão de mostarda que um homem plantou na sua horta; e cresceu e fez-se árvore; e as aves do céu aninharam-se nos seus ramos.
Disse mais: A que compararei o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.”
Lucas 13,18-21


Li um comentário no blog de um amigo, que se tornou o título do post de hoje. Amanhã escrevo o último post sobre Amsterdã. Nós, que vivemos os princípios do Reino, somos este fermento… que está espalhado na sociedade. É ele quem faz crescer a massa e devemos estar espalhados em meio à sociedade, quase que imperceptíveis, mas o Reino a que pertencemos deve ser perceptível a todos que estão à nossa volta. Não de maneira a repelir as pessoas e nem dar lugar à carne, como se fossemos seguidores de regras e bitolados (Gálatas 5,1 na veia!!!).



Mas o Reino de Deus tem que extrapolar os momentos que temos juntos enquanto cristãos… a cada momento, quando estamos cumprindo nossas funções na sociedade, estamos vivendo neste Reino e somos guiados pelos princípios deste Reino!! É como um estrangeiro fora da sua terra… as pessoas percebem que ele é de fora: obviamente, conforme falamos no último post, não podemos nos deixar levar pelos rótulos e pelas aparências. Mas o fato é que o estrangeiro fora da sua própria terra é facilmente reconhecido.



Tente entender por que você está onde está. Quem são as pessoas que precisam de amor, carinho, esclarecimento, oração, conforto e direção ao seu redor? No meio em que você está (saúde, educação, artes, política, justiça, construção civil, comércio, seguros… qualquer atividade!) como o seu posicionamento pode afetar o futuro das pessoas que se beneficiam desta area? Ou melhor, como o fato de você levar o Reino para onde está pode influenciar a moda de uma classe social ou até as vendas na sua loja?



Precisamos ser este fermento, que se mistura e faz crescer a massa! Assuma sua identidade onde você está! Todos somos sacerdotes! O Espírito vai nos mostrar como agir, mas precisamos assumir que somos este fermento, esta geração sem face que faz a massa crescer! Continua nos próximos!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Abrindo caminhos na Europa - uma conversa inesperada e os rótulos...




A Denise que ama bater papo precisa contar esta história bem direitinho, com diálogos e tudo :)




Bem, no dia que cheguei em Amsterdã e encontrei meus pais (eles moram nos EUA e trabalham com a ABM), o meu pai disse que queria me apresentar a um professor de um seminário americano *. E então, meu pai o apresentou para mim neste primeiro dia e foi isso. Ele foi muito simpático comigo e só.



Na quinta-feira desta semana, eu estava terminando meu almoço numa mesa com alguns amigos e este senhor, que eu havia conhecido no dia que cheguei apareceu na minha mesa para conversar comigo. Eu não entendi nada, mas obviamente o convidei para se sentar e ele começou a me fazer perguntas!


A primeira coisa que ele me perguntou foi se eu tinha planos de fazer Mestrado e eu expliquei que agora estava no período de transição, começando a trabalhar somente com interpretação e que na verdade não havia nenhum programa de mestrado cristão que eu conhecesse por aqui que me atraía. Eu disse que havia feito minha monografia sobre o livro Renovação do Coração (Dallas Willard) e ele falou "O Dallas, sim, é meu amigo" (este era o cara que estava conversando comigo, hein? Amigo do Dallas Willard, autor de livros de teologia...)


Ele compreendeu minha resposta e saiu com outra pergunta: E você está envolvida com uma igreja batista no Brasil?


Eu expliquei que na verdade, o nosso trabalho como equipe tem a ver com a Igreja de Cristo e não com alguma denominação em particular. Nossa preocupação é com a Igreja e com os santos e estamos atuando na mobilização, ensino e discipulado dos santos aqui no Rio e em outros estados. Ele ficou animado de novo, dizendo que cria que era nesta direção que Deus estava se movendo.


Terceira pergunta: o que você pensa dos pentecostais? Respondi que na verdade, doutrinariamente minha posição é carismática e que eu ultimamente não me preocupava mais com estes rótulos. Ele respondeu dizendo que achava isso ótimo pois sabia que este conflito batistas (igrejas histórias em geral) X pentecostais já havia dividido muito a Igreja na América Latina.


E aí ele falou que fazia parte de um grupo chamado "Evangélicos e Católicos juntos". Este grupo na verdade é um movimento não institucional (surgiu do povo mesmo) para buscar pontos em comum entre os dois, tendo Cristo como base, pois todos somos a Igreja de Cristo. Ele agradeceu pelo tempo que passamos conversando e eu fiquei ali, chocada pensando em como eu fui confrontada com aquela conversa.


Na verdade eu ainda tinha rótulos e preconceitos dentro de mim sobre este homem, professor de Teologia num Seminário Batista, com seus 55 a 60 anos, sem mal saber que ele pensava como eu e estava buscando se envolver com novas expressões da Igreja, assim como eu... Ah, e precisamos lembrar: ele estava curioso para saber como estava a Igreja no Brasil... nos EUA eles estão esperando algo de nós, já falamos sobre isso.


Temos que jogar fora os rótulos, permitir que Deus mude nossa mente! Jesus não olhava as pessoas pelo rótulo, aparência, Ele conseguia vê-las como o Pai as via... precisamos nos identificar profundamente com Cristo, seus valores, sua forma de ver as coisas. Como complemento a este post, vá no http://www.fabioam38.blogspot.com/ e leia o Texto "Reflexão! Changes! Mudanças!".


Ainda falta o último post da viagem de Amsterdã, me aguardem!
*Este senhor é professor de Teologia num Seminário nos EUA e eu já havia manifestado o desejo de conhece-lo pro meu pai pois li um dos livros dele, que foi publicado aqui no Brasil pela Edições Vida Nova.

Abrindo caminhos na Europa - "O poço"


Hoje faz um mês que eu pisei em Amsterdã para dedicar tempo com santos de outras partes do mundo. Deus tem me dado a oportunidade de servir a Aliança Batista Mundial e isso tem sido um privilégio para mim.


Alguns dias antes de viajar recebi uma palavra a respeito de ser corpo, não me preocupar com querer ensinar algo às pessoas e nem criticar e sim cooperar com o corpo de Cristo ali. Isso foi fundamental, pois em muitas oportunidades semelhantes eu passei mais tempo criticando ou tentando usar qualquer oportunidade para mostrar o quanto aquelas pessoas precisavam entender o que Deus está fazendo, a direção que Ele tem para a igreja... Nesta viagem fui com a boca calada. Sei que foi Deus que abriu esta porta para mim, preciso honrar isso.

Foi fantástico!! Meu coração estava aberto a servi-los e pude naturalmente testemunhar a respeito do que estamos fazendo aqui no Rio. Sem medo de rótulos e sem rotular...

Queria compartilhar alguns destaques da viagem com vocês nos próximos posts. O primeiro segue abaixo:


Amsterdã


A cidade é de fato um poço, como vocês podem ver que já havia sido dito pelo Fábio (http://www.fabioam38.blogspot.com/). Fiquei muito impressionada com a quantidade de jovens nas ruas. Foi a primeira cidade da Europa em que vi tantos jovens nas ruas em praticamente todas as horas do dia. Passei pouco tempo lá pois o encontro do qual participei era em Ede (1 hora de distância), que em holandês significa "juramento". Digo um poço pois é um lugar onde muitas pessoas vão buscar coisas, foi esta a percepção que tive. Obviamente pela postura liberal com alguns tipos de drogas e a facilidade e amplitude do mercado de profissionais do sexo, pode-se obter muitas coisas ruins deste poço.


Ao mesmo tempo, algo interessante é que nesta época em que estive lá comemoraram os 400 anos da Reforma Radical Batista da Igreja, que se deu em 1609 com um grupo de 42 pessoas que fugiram do Reino Unido, firmados no texto de Gálatas 5,1, desejando viver em plenitude a liberdade que haviam descoberto em Cristo e rejeitar a autoridade do Rei da Inglaterra sobre suas vidas com Deus. Ao chegar na cidade, eles iniciaram sua congregação dentro de uma padaria, pois não tinham mais onde se reunir e depois começaram a dividir uma capela com uma congregação menonita. Estavam dispostos a pagar o preço pelo que criam e conseguiram faze-lo em Amsterdã.


Amsterdã é um poço... um lugar onde as coisas estão disponíveis tanto para bem quanto para mal. Conheci também um albergue cristão que fica bem no centro de Amsterdã, ao lado do bairro da Luz Vermelha (onde ficam as prostitutas nas vitrines). O nome do local é "O Abrigo". É um ambiente bem aconchegante e eles fazem encontros de oração, cultos e estudos bíblicos com os hóspedes. Queria muito ter ficado lá e oro por eles. Há um propósito: eles são luz ali e um abrigo para jovens que estão passando.


A foto mostra as bicicletas em Amsterdã - assustadoramente mais presentes que os carros. Quase fui atropelada várias vezes!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Aos seus amados Ele o dá enquanto dormem


Perdoem-me pelo desaparecimento repentino.

Gente, o título do post tem sido minha convicção diante de Deus... não sei se vocês conhecem mas ela pode ser encontrada no Salmo 127. Sempre usamos este salmo para tratar da vida familiar, filhos... mas estou descobrindo que na minha mente não tem como dissociar este texto do Sermão da Montanha! Parece que Jesus está se referindo ao Salmo 127 ou até que o Salmo 127 foi escrito por alguém um dia para que depois fizéssemos o paralelo. Estou vivendo um momento cheio de transições e surpresas. E aí eu lembro das Escrituras...

"Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; Aos seus amados ele o dá enquanto dormem." v.2

Não podemos nos esquecer que os exemplos de Jesus quando falou sobre a dependência do Pai no Sermão da Montanha eram muito simples... ele falava sobre pássaros, lírios, comida, bebida... o papo não era complicado. Esta era a vida daquelas pessoas. E aí surgem outras duas frases que não me saem da cabeça:

"Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?" Mateus 6,27

Parece um "fora" de Jesus. Como se ele dissesse: "Acordem! Vocês dependem do Pai! A preocupação de vocês não vai levar a lugar nenhum... Não percam tempo com isso!"


"Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça." Lucas 21,18

Nada que acontece conosco escapa ao controle do Pai... NADA! Nesta passagem Jesus está falando do princípio das dores, perseguição e aí Ele diz que nem um fio de cabelo nosso será perdido. O assunto completo desta passagem fica para o próximo post mas a mensagem é: o Pai cuida de seus filhos!

A nossa vida tem que refletir o que cremos sobre Deus. Portanto, nossas ações demonstram quem Ele é. Falamos sobre isso no último Manifesto. Quem é o seu Deus? Qual é o tamanho dEle? Se nossa vida não for de dependência TOTAL, Ele não é o mesmo Deus de Jesus.
Quem é o seu Deus?

Até a próxima!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Salmo 24

We bow our hearts, we bend our knees Prostramos nossos corações, nos ajoelhamos
O Spirit come make us humble Oh Espírito, torna-nos humildes
We turn our eyes from evil things Nós abandonamos o que é mau
O Lord we cast down our idols Senhor, nós rejeitamos nossos ídolos


Give us clean hands, give us pure hearts Dá-nos mãos limpas, corações puros
Let us not lift our souls to another Que não recorramos aos outros
Give us clean hands, give us pure hearts Dá-nos mãos limpas, corações puros
Let us not lift our souls to another Que não recorramos aos outros

O God let us be a generation that seeks Ó Deus, que sejamos uma geração que busque
that seeks your face O God of Jacob Busque a Tua face, ó Deus de Jacó
O God let us be a generation that seeks Ó Deus, que sejamos uma geração que busque
that seeks your face O God of Jacob Busque a Tua face, ó Deus de Jacó


Acordei com esta canção na mente e também com uma dorzinha de cabeça. É engraçado perceber que quando comecei a cantar a dorzinha desapareceu :) Ela é baseada no Salmo 24, que eu transcrevo abaixo:

Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem;
pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou-a sobre as águas.
Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar?
Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos
nem jura por deuses falsos. Ele receberá bênçãos do Senhor, e Deus, o seu Salvador
lhe fará justiça. São assim aqueles que o buscam, que buscam a tua face, ó Deus de Jacó.
Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre.
Quem é o Rei da glória? O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras.
Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre.
Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória
!


O trecho que está em itálico é o que está mais relacionado à canção. Eu já havia lido este salmo e até ouvido esta canção inúmeras vezes mas hoje o que me chamou a atenção foi a oração corporativa que é encontrada na canção... é um povo junto que está orando! Pedindo ao Pai por sua geração, para que Ele tenha misericórdia dela, por arrependimento... é um clamor. Comparecer diante do Pai dizendo "Nós abandonamos o que é mau, abandonamos os ídolos, não vamos recorrer aos ídolos falsos... queremos ser a geração que busca a Sua face, Deus de Jacó!"
É este clamor coletivo que Deus está despertando em várias partes do mundo há alguns anos...
O movimento Passion começou em 1997 nos EUA e em 2008 alcançou diversas partes do mundo, levantando um momento de clamor por esta geração. Há alguns anos o The Call nos EUA e em outros países também iniciaram estas mobilizações. Aqui no Brasil, em vários lugares estas mobilizações têm ocorrido. Lá em Londrina, temos visto Deus agir usando as mobilizações no Centro Brasileiro de Adoração.
Iniciamos o Manifesto no ano passado com este intuito também - mobilizarmos uma geração para clamar perante o Pai, ouvir o Espírito juntos! Era algo que nós fazíamos sozinhos como equipe, mas o nosso desejo é mobilizar quantos pudermos, para fazermos isso de forma corporativa, como corpo.
Filhos diante Pai, através do Filho, pelo Espírito.
Foi com este sentimento que acordei hoje... vamos clamar juntos, busca-Lo juntos, queremos ser a geração daqueles que te buscam... que buscam a Tua face ó Deus de Jacó!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O que exigem de você?*

"Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus."
Miquéias 6,8


Tenho pensado muito sobre o que outras pessoas exigem de mim. É incrível como quando não estamos nos sentindo bem ou quando nossa semana está sendo ruim, tudo que as pessoas dizem toma uma proporção enorme dentro de nós. Eu comecei a perceber que isso estava acontecendo comigo. Quando eu não estava bem ou com a auto-estima baixa, as palavras das pessoas me influenciavam mais. Até as palavras de quem eu sabia que não podia confiar se tornavam importantes e isso era um fardo.

As palavras ou expectativas se tornavam um fardo porque eu acabava sendo tentada a viver por estas palavras ou planejar minha vida de acordo com o que elas diziam que eu deveria fazer, como deveria corresponder... e a sua vida começa a se basear nas exigências dos outros... no que eles exigem de você.

E estes outros podem ser quem você mais ama - sua família, conjuge, pastor, lider, coordenador. E é óbvio que você quer agrada-las, você precisa delas! Este é uma das minhas crises pessoais. Não sei se vocês passam por isso, mas eu passo! E é nessas horas - em alguns casos, o tempo todo - que precisamos prestar atenção a como correspondemos a estas exigências.

Precisamos avaliar porque elas nos afetam tanto. Será que eu estou perdendo tempo demais pensando no que as pessoas vão dizer? Será que eu passo mais tempo agradando os outros do que sabendo o que eu realmente tenho que fazer?

Na verdade, este assunto tem a ver com identidade, saber quem Deus nos criou para ser, aceitar nossa realidade e lugar em Cristo. Este é um outro assunto sobre o qual eu tenho sido confrontada. Quero compartilhar isso com vocês também em outro post. A questão é que quando deixamos o que os outros pensam e suas exigências tomarem conta de nós, acabamos perdendo o foco.

Em Miquéias 6,8 nós vemos o que Deus exige de nós: praticar a justiça, amar a fidelidade e andar humildemente perante Ele. Parece simples, não é? A verdade é que precisamos nos esforçar muito, porque exige mudar todos os nossos conceitos! Perdemos tempo com obrigações evangélicas, deveres eclesiásticos, fofocas, discussões. Mas é a única coisa que Ele exige... e esta deveria ser nossa obsessão, o que nos faz perder o sono.

Nós perdemos tempo nos sentindo incapacitados, inadequados, planejando um milhão de coisas, agradando as pessoas, preocupados com o que os outros vão falar, fazendo 453 atividades na congregação... pra quê? Ele é o único que pode fazer exigências e elas são:

PRATIQUE A JUSTIÇA, AME A FIDELIDADE E ANDE HUMILDEMENTE COMIGO.

Eu sei que os outros podem exigir coisas de nós, mas cumprir as exigências dEle deve ser a nossa prioridade. As dos outros nós podemos começar a corresponder quando terminarmos de cumprir o que Deus quer - mas creio que isso já vai exigir todo o nosso tempo...


*You can find an English version of this post at http://www.bwa-eln.blogspot.com/

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Pessoas inseridas na sociedade I

Temos falado constantemente sobre a necessidade da Igreja se envolver com a sociedade na qual ela está inserida. Sem culpas, sem justificações, por ter pouco tempo para se envolver com as atividades da sua congregação. Esta inserção na sociedade contudo, não tem a ver com buscar os seus próprios interesses, vaidade, conhecimento e outras coisas que podem nos distrair.

Quando falamos de pessoas inseridas na sociedade falamos de sacerdotes, que vivem de tempo integral para trazer o Reino para onde eles estão. Não dá mais para ficarmos escondidos dentro das nossas paredes esperando para que as pessoas venham. Não funciona assim. Precisamos estar inseridos – estudantes, profissionais liberais, envolvidos nas portas da sociedade, para trazer o Reino.

Fui ao III CONGRESSO MUNDIAL DE ENFRENTAMENTO DA EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ( 26 a 29 de novembro, RIOCENTRO, Rio de Janeiro). Quando cheguei lá, comecei a orar, pensando em oportunidades que Deus pudesse me dar ou pelo menos discernir o que estava rolando por ali naqueles dias. Eu era voluntária num ambiente chamado “Espaço Adolescente”, onde estavam rolando várias coisas – os participantes estavam fazendo cartazes, pintando e costumizando camisetas, fazendo entrevistas, batendo papo – um ambiente super livre, que proporcionava o espaço necessário para que aqueles jovens se expressassem. Depois daquele momento em que orei, eu me envolvi com outras coisas. Estava como voluntária e comecei a auxiliar uma adolescente romena que estava fazendo um cartaz. A menina era muito doce, tranquila e fez um cartaz escrito “Parem com a exploração sexual de crianças e adolescentes”. Tinha várias cores, miçangas... muito legal.

Quando fomos colocar na parede onde os outros trabalhos estavam expostos, ela me mostrou os outros trabalhos que havia feito e os achei lindos! Logo ao lado de uma das pinturas que ela fez, vi um cartaz feito uma faixa, só que em sentido vertical. Estava escrito em alemão “Parem com a prostituição infantil!”. Havia alguns desenhos na faixa e estava assinado “Juventude Evangélica da Alemanha”.

Quis compartilhar isso com vocês porque para mim o importante não foi ver esta identificação na faixa, chamando atenção para os evangélicos. O dizer estava em inglês, bem pequeno. Muitos não sabiam o que estava escrito ali. O importante foi ver e saber que o Pai levou alguns de seus filhos para aquele lugar para fazer História. Eu não os conheci, não sei como eram... não sei nada. Só sei que Deus posicionou alguns de Seus filhos da Alemanha para exercerem seu sacerdócio ali no Congresso, no Rio de Janeiro. Nada mais, nada menos. Precisamos assumir nossa função, nos envolvermos com as áreas em que trabalhamos – isso vai fazer com que assumamos nossa posição e saibamos exatamente onde estar e na hora em que devemos estar.

Fique atento e às oportunidades que Deus te dá – vá a congressos, saia com pessoas e se envolva com elas, faça cursos, leia jornal e tenha certeza: Ele vai te usar de tempo integral para a glória dEle. Não dá mais para nos escondermos. Não vai funcionar. Vamos assumir o nosso posicionamento – se Deus já te disse o que deve fazer, corra atrás e não desista. Se você ainda não ouviu, converse com o Espírito. Peça clareza, ouvidos disponíveis para ouvi-Lo. Ele vai falar.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Abrindo caminhos

Estou de volta de verdade agora para escrever sobre o que tenho aprendido. O nome do blog novo é "Abrindo caminhos" e é sobre esta missão de abrir caminhos que desejo escrever.

Hoje tive uma conversa com uma amiga sobre a igreja local e ela falava de sua tristeza ao ver que as igrejas estão perdendo o foco do que Jesus ensinou e de como está cansada de frequentar. Eu disse o quanto lamentava esta situação mas também disse que ao mesmo tempo, espero que este incômodo permaneça, pois se nós continuarmos conformados como pessoas, daqui a 30 anos os nossos filhos terão esta mesma conversa.

Nossa geração pode mudar esta situação - eu creio nisso!!!

Quero criar meus filhos num ambiente diferente... e espero que sempre que a palavra "Igreja" lhes vier à mente, eles pensem primeiro em pessoas e não em um prédio.
Na verdade, espero influenciar uma geração de pessoas, para que consigamos cumprir os ensinamentos de Cristo e ser a Igreja que Ele planejou.
Este é o meu compromisso com vocês e com este espaço, compartilhar um pouco deste pioneirismo que precisamos assumir para vivermos a realidade do Reino de Deus aqui!


Obs: A partir de fevereiro os posts do blog estarão ligados aos podcasts disponíveis no site do Rugido.