terça-feira, 14 de junho de 2011

algumas palavras

Falar e escrever sobre o corpo de Cristo tem sido um peso para mim. Quando digo peso estou falando de uma responsabilidade pois sinto que é isso que carrego - um desejo forte por ver o corpo de Cristo ligado, desenvolvido, maduro, acima de qualquer barreira ou idéia construída por nós mesmos.

Sinceramente, sinto que precisamos começar a admitir quais são as coisas que nós mesmos construímos e aquilo que Deus de fato está fazendo. Não é errado construirmos coisas aqui e acolá. São modelos, coisas que nos ajudam a funcionar. E assim como algumas organizações e associações decidem mudar de formato, nós também podemos decidir manter as coisas como estão (se ainda funcionam) ou dar uma remodelada para que estejamos aptos a cumprir o nosso propósito. O que não podemos é responsabilizar Deus por isso...

Será que foi Deus mesmo que nos direcionou a realizar algo ou era só uma boa idéia? Se era só uma boa idéia ela pode ser alterada para combinar mais com uma época ou com uma circunstância. É só uma mudança de estratégia.
E se foi Deus que nos direcionou será que era só por um tempo e nós não percebemos que já acabou?

Falo isso com temor porque sei que todos nós estamos sujeitos a isso. Minha oração é que paremos de perder tempo com estas coisas superficiais e nos preocupemos com o corpo de Cristo. Vamos nos preocupar com fazer discípulos, ensina-los a viver como Cristo viveu(Mateus 5-7). Vamos equipar e desenvolver os santos, ensina-los a buscarem os dons pela importância deles (dons) para o funcionamento do corpo. Vamos nos preocupar em sermos o povo que o Pai pensou (Jeremias 7,23). Ele sempre pensa num povo.

Nós perdemos tempo e sono pensando em sonhos individuais, estruturas que construímos sozinhos, medos que temos, idéias mirabolantes... Ele pensa num povo. Precisamos nos preocupar com o que Ele se preocupa. Teremos que lidar com a "perfumaria", com os detalhes físicos e temporais da construção mas o que deve nos tirar o sono são outras coisas. Desde o início o Pai queria um povo. Uma família. Temos que nos concentrar nisso.






Um comentário:

Pri Mataruna disse...

Excelente. Eu confesso de todo o meu coração que as vezes não consigo te alcançar. Precisamos que você fale mais sobre isso e nos inflama com isso. Trilhos cortantes, beijo.