sábado, 29 de agosto de 2009

Ainda sobre o fermento



O Bruno (Guedão) contribuiu com o texto sobre o fermento enviando algumas coisas que ele tem aprendido sobre isso. Segue abaixo o texto dele. Vamos tentar desenvolver isso nos próximos posts e podcasts.



Jesus disse que o reino dos Céus é como fermento em Mt 13:33. Abaixo algumas caracteristicas do fermento que tenho aprendido nesses dias..



- Parece algo insignificante

- Nunca se intimida com o tamanho da massa

- Trabalha calmamente

- Cresce progressivamente

- Fermento nunca se torna massa mas a massa se torna fermento

- Cresce sob calor e pressão.

A receita deste pão cuja imagem está acima leva 2 kg de ingredientes (farinha, batata, fubá) e só 5 g de fermento!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ser o fermento escondido em cada parte da sociedade


“E dizia: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?
É semelhante a um grão de mostarda que um homem plantou na sua horta; e cresceu e fez-se árvore; e as aves do céu aninharam-se nos seus ramos.
Disse mais: A que compararei o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.”
Lucas 13,18-21


Li um comentário no blog de um amigo, que se tornou o título do post de hoje. Amanhã escrevo o último post sobre Amsterdã. Nós, que vivemos os princípios do Reino, somos este fermento… que está espalhado na sociedade. É ele quem faz crescer a massa e devemos estar espalhados em meio à sociedade, quase que imperceptíveis, mas o Reino a que pertencemos deve ser perceptível a todos que estão à nossa volta. Não de maneira a repelir as pessoas e nem dar lugar à carne, como se fossemos seguidores de regras e bitolados (Gálatas 5,1 na veia!!!).



Mas o Reino de Deus tem que extrapolar os momentos que temos juntos enquanto cristãos… a cada momento, quando estamos cumprindo nossas funções na sociedade, estamos vivendo neste Reino e somos guiados pelos princípios deste Reino!! É como um estrangeiro fora da sua terra… as pessoas percebem que ele é de fora: obviamente, conforme falamos no último post, não podemos nos deixar levar pelos rótulos e pelas aparências. Mas o fato é que o estrangeiro fora da sua própria terra é facilmente reconhecido.



Tente entender por que você está onde está. Quem são as pessoas que precisam de amor, carinho, esclarecimento, oração, conforto e direção ao seu redor? No meio em que você está (saúde, educação, artes, política, justiça, construção civil, comércio, seguros… qualquer atividade!) como o seu posicionamento pode afetar o futuro das pessoas que se beneficiam desta area? Ou melhor, como o fato de você levar o Reino para onde está pode influenciar a moda de uma classe social ou até as vendas na sua loja?



Precisamos ser este fermento, que se mistura e faz crescer a massa! Assuma sua identidade onde você está! Todos somos sacerdotes! O Espírito vai nos mostrar como agir, mas precisamos assumir que somos este fermento, esta geração sem face que faz a massa crescer! Continua nos próximos!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Abrindo caminhos na Europa - uma conversa inesperada e os rótulos...




A Denise que ama bater papo precisa contar esta história bem direitinho, com diálogos e tudo :)




Bem, no dia que cheguei em Amsterdã e encontrei meus pais (eles moram nos EUA e trabalham com a ABM), o meu pai disse que queria me apresentar a um professor de um seminário americano *. E então, meu pai o apresentou para mim neste primeiro dia e foi isso. Ele foi muito simpático comigo e só.



Na quinta-feira desta semana, eu estava terminando meu almoço numa mesa com alguns amigos e este senhor, que eu havia conhecido no dia que cheguei apareceu na minha mesa para conversar comigo. Eu não entendi nada, mas obviamente o convidei para se sentar e ele começou a me fazer perguntas!


A primeira coisa que ele me perguntou foi se eu tinha planos de fazer Mestrado e eu expliquei que agora estava no período de transição, começando a trabalhar somente com interpretação e que na verdade não havia nenhum programa de mestrado cristão que eu conhecesse por aqui que me atraía. Eu disse que havia feito minha monografia sobre o livro Renovação do Coração (Dallas Willard) e ele falou "O Dallas, sim, é meu amigo" (este era o cara que estava conversando comigo, hein? Amigo do Dallas Willard, autor de livros de teologia...)


Ele compreendeu minha resposta e saiu com outra pergunta: E você está envolvida com uma igreja batista no Brasil?


Eu expliquei que na verdade, o nosso trabalho como equipe tem a ver com a Igreja de Cristo e não com alguma denominação em particular. Nossa preocupação é com a Igreja e com os santos e estamos atuando na mobilização, ensino e discipulado dos santos aqui no Rio e em outros estados. Ele ficou animado de novo, dizendo que cria que era nesta direção que Deus estava se movendo.


Terceira pergunta: o que você pensa dos pentecostais? Respondi que na verdade, doutrinariamente minha posição é carismática e que eu ultimamente não me preocupava mais com estes rótulos. Ele respondeu dizendo que achava isso ótimo pois sabia que este conflito batistas (igrejas histórias em geral) X pentecostais já havia dividido muito a Igreja na América Latina.


E aí ele falou que fazia parte de um grupo chamado "Evangélicos e Católicos juntos". Este grupo na verdade é um movimento não institucional (surgiu do povo mesmo) para buscar pontos em comum entre os dois, tendo Cristo como base, pois todos somos a Igreja de Cristo. Ele agradeceu pelo tempo que passamos conversando e eu fiquei ali, chocada pensando em como eu fui confrontada com aquela conversa.


Na verdade eu ainda tinha rótulos e preconceitos dentro de mim sobre este homem, professor de Teologia num Seminário Batista, com seus 55 a 60 anos, sem mal saber que ele pensava como eu e estava buscando se envolver com novas expressões da Igreja, assim como eu... Ah, e precisamos lembrar: ele estava curioso para saber como estava a Igreja no Brasil... nos EUA eles estão esperando algo de nós, já falamos sobre isso.


Temos que jogar fora os rótulos, permitir que Deus mude nossa mente! Jesus não olhava as pessoas pelo rótulo, aparência, Ele conseguia vê-las como o Pai as via... precisamos nos identificar profundamente com Cristo, seus valores, sua forma de ver as coisas. Como complemento a este post, vá no http://www.fabioam38.blogspot.com/ e leia o Texto "Reflexão! Changes! Mudanças!".


Ainda falta o último post da viagem de Amsterdã, me aguardem!
*Este senhor é professor de Teologia num Seminário nos EUA e eu já havia manifestado o desejo de conhece-lo pro meu pai pois li um dos livros dele, que foi publicado aqui no Brasil pela Edições Vida Nova.

Abrindo caminhos na Europa - "O poço"


Hoje faz um mês que eu pisei em Amsterdã para dedicar tempo com santos de outras partes do mundo. Deus tem me dado a oportunidade de servir a Aliança Batista Mundial e isso tem sido um privilégio para mim.


Alguns dias antes de viajar recebi uma palavra a respeito de ser corpo, não me preocupar com querer ensinar algo às pessoas e nem criticar e sim cooperar com o corpo de Cristo ali. Isso foi fundamental, pois em muitas oportunidades semelhantes eu passei mais tempo criticando ou tentando usar qualquer oportunidade para mostrar o quanto aquelas pessoas precisavam entender o que Deus está fazendo, a direção que Ele tem para a igreja... Nesta viagem fui com a boca calada. Sei que foi Deus que abriu esta porta para mim, preciso honrar isso.

Foi fantástico!! Meu coração estava aberto a servi-los e pude naturalmente testemunhar a respeito do que estamos fazendo aqui no Rio. Sem medo de rótulos e sem rotular...

Queria compartilhar alguns destaques da viagem com vocês nos próximos posts. O primeiro segue abaixo:


Amsterdã


A cidade é de fato um poço, como vocês podem ver que já havia sido dito pelo Fábio (http://www.fabioam38.blogspot.com/). Fiquei muito impressionada com a quantidade de jovens nas ruas. Foi a primeira cidade da Europa em que vi tantos jovens nas ruas em praticamente todas as horas do dia. Passei pouco tempo lá pois o encontro do qual participei era em Ede (1 hora de distância), que em holandês significa "juramento". Digo um poço pois é um lugar onde muitas pessoas vão buscar coisas, foi esta a percepção que tive. Obviamente pela postura liberal com alguns tipos de drogas e a facilidade e amplitude do mercado de profissionais do sexo, pode-se obter muitas coisas ruins deste poço.


Ao mesmo tempo, algo interessante é que nesta época em que estive lá comemoraram os 400 anos da Reforma Radical Batista da Igreja, que se deu em 1609 com um grupo de 42 pessoas que fugiram do Reino Unido, firmados no texto de Gálatas 5,1, desejando viver em plenitude a liberdade que haviam descoberto em Cristo e rejeitar a autoridade do Rei da Inglaterra sobre suas vidas com Deus. Ao chegar na cidade, eles iniciaram sua congregação dentro de uma padaria, pois não tinham mais onde se reunir e depois começaram a dividir uma capela com uma congregação menonita. Estavam dispostos a pagar o preço pelo que criam e conseguiram faze-lo em Amsterdã.


Amsterdã é um poço... um lugar onde as coisas estão disponíveis tanto para bem quanto para mal. Conheci também um albergue cristão que fica bem no centro de Amsterdã, ao lado do bairro da Luz Vermelha (onde ficam as prostitutas nas vitrines). O nome do local é "O Abrigo". É um ambiente bem aconchegante e eles fazem encontros de oração, cultos e estudos bíblicos com os hóspedes. Queria muito ter ficado lá e oro por eles. Há um propósito: eles são luz ali e um abrigo para jovens que estão passando.


A foto mostra as bicicletas em Amsterdã - assustadoramente mais presentes que os carros. Quase fui atropelada várias vezes!